segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Estou aqui.



A correria do dia a dia é grande demais.
A busca por essa tal felicidade e realização, toma todo o nosso tempo. Os dias passam, as semanas, os meses, os anos, a vida vai e a gente fica ainda tentando entender um monte de coisas.

Como um trem, que deixa passageiros e parte para uma nova estação.

Faz quase um ano que não revelo as fotos de vocês, mas vou fazer isso com urgência. Preciso muito. J Por mim, e por vocês, que adoram ver as fotos impressas dessa época que nunca mais vai voltar, a infância.

Vocês crescem rápido. E nessa fase dão um trabalhão danado. Porque gente grande tem que sair pra trabalhar, pra pagar conta, pra se realizar profissionalmente, pra ser feliz, pra ter saúde, pra trabalhar, pra pagar conta, pra se realizar... E cuidar de vocês. Pra terem uma alimentação saudável, correta, serem boas pessoas.

As vezes sinto uma pressão danada da vida e fico pensando se estou cumprindo bem o meu papel de mãe. E que lembrança vocês terão da infância de vocês. Fico pensando se vocês se lembrarão dos sorvetes que tomamos, dos restaurantes japoneses que vamos, das viagens que fazemos, dos aniversários, das estórias e das músicas à noite, das risadas e palhaçadas, das brincadeiras entre vocês três, da piscina do nosso prédio, do creme que passo em vocês, dos momentos que alegria que passamos.

Hoje, 10 de fevereiro de 2014. O mundo passa por grandes transformações, mas poucas pessoas percebem isso. Estamos vivendo dias de muito calor e de muito frio. Os extremos chegaram. Há 15 dias que não chove. Têm muitos carros, pessoas, coisas nas ruas. Sentimentos desencontrados.

Faltam coisas, sobram coisas.

O governo ameaça racionamento de água e de energia.
As pessoas falam em racionamento de amor e de tolerância.
Ao mesmo tempo,  existem pessoas fazendo muito umas pelas outras.
De novo, os extremos.
Estou vivendo isso no meu novo trabalho, chamado A Nossa Jornada.

Espero de coração, com todo o meu amor e gratidão por vocês serem os meus filhos, que vocês tenham um futuro com muito amor e compreensão.
Eu estarei por perto, pra sempre. Sempre.

Imensamente grata por dividir um Tempo e uma Era com vocês, anjos de Deus.

Aprendo com vocês, a não ver o lado ruim das pessoas. Porque vocês não julgam. Porque vemos a vida e as pessoas com as cores que a gente têm por dentro. E vocês são as cores do arco-íris. 

Sobre a morte.


Outro dia, Levi me perguntou sobre a morte.
O que é a morte, mãe?
Eu respondo sem pensar:
- É quando a gente dorme e acorda para outra vida.

E silenciamos os dois, pensando no que eu tinha acabado de falar.