Filhos, se eu pudesse dizer
a vocês como sair da dor - que será inevitável e ela chegará - eu diria: sejam fortes, sejam gratos por ela.
Hoje quando vocês têm febre, eu não dou remédio. E passo a
noite, velando por vocês. Cuidando, medindo, fazendo compressa de água com
limão e colocando cebola na sola dos pés. Eu não durmo diante da febre e quando
a ela se vai, vocês estão mais fortes e mais maduros.
Hoje quando vocês caem e se machucam, eu passo pomada e
coloco band-aid de um personagem bem forte de preferência, porque vocês adoram.
(eu não gosto de personagens, mas quem manda quando a gente se machuca é quem
tá machucado)
E falo pra vocês: a dor também passa. E depois de
cicatrizada vira uma bonita lembrança da
história de vocês. Sejam fortes diante das perdas e das conquistas, porque elas
também passam.
Não paralisam diante delas.
Não paralisam diante delas.
Mesmo machucados e dilacerados há o que construir no amor e
na dor.
Na ausência de uma saudade que fica. Que quer nos paralisar. Que nos dá ira. Ira é movimento, é ação. Ajam diante da dor. Mesmo que agir seja
deitar no colo de um amigo ou no meu e chorar e xingar e desacreditar, nem que
seja por um momento apenas.
Porque assim como é hoje, vocês ficarão mais fortes e mais maduros. E são dessas histórias que somos feitos! Com amor, mamãe.
Porque assim como é hoje, vocês ficarão mais fortes e mais maduros. E são dessas histórias que somos feitos! Com amor, mamãe.
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